quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O que é a Cosmética Biológica (por Joana Amoêdo)

Sabias que em média as mulheres aplicam 12 produtos de cosmética por dia?! E que se desses produtos todos contiverem sulfatos, parabenos, derivados do petróleo (que é o caso de TODOS os que compramos nos supermercados e de todos os que não contêm certificação), aumentas em muito a toxicidade do teu organismo? 




Muitas pessoas dizem que é ser-se muito radical cortar com tudo o que tem químicos sintéticos prejudiciais, mas eu digo-te que, mesmo que não tenha garantias a 100% de que nunca virei a ter nenhuma doença grave, prefiro fazer DE TUDO para viver sempre da forma mais saudável, mesmo que possa cometer alguns deslizes, próprios de pessoa gulosa (com os alimentos) e amante de produtos cosméticos.



Podem achar que sou suspeita, porque agora faço parte da Organii, mas mesmo antes já era cliente e sempre me interessei e procurei por alternativas às marcas ditas convencionais, profissionais e de luxo.



Nada tenho contra estas marcas, algumas ainda fazem parte do meu material de trabalho com muito gosto e porque na cosmética bio não há ainda toda a gama de produtos necessários a uma maquilhagem de estúdio, por exemplo. Mas quando uso a maquilhagem biológica sei que estou a contribuir para a saúde da cliente (e da minha quando me maquilho a mim, que também tenho direito!! :) ) e também que estou a optar por uma via mais consciente e em sintonia com o Planeta. 



Não sou radical (apesar de ainda estar traumatizada com os documentários que vi sobre testes em animais e sobre tudo o que está por trás da indústria alimentar e da cosmética), mas sempre senti que as alternativas deviam ser expostas e divulgadas incansavelmente, e que as pessoas merecem saber o que consomem e quais as consequências desse consumo.



Mas vamos ao essencial, o que todas vocês querem saber e que pode levar a que optem por comprar alguns produtos biológicos e substituir os de cosmética convencional. Não se deixem enganar pelas marcas que dizem "extratos naturais" ou "produto natural", porque muitas vezes esse produto foi conseguido com ingredientes sintetizados ou provenientes de habitats não protegidos, criados com pesticidas e herbicidas...ou seja....muito naturais (NOT). :)
O que significa então a certificação e a denominação "cosmético biológico"?

- Significa que 95% dos Ingredientes, pelo menos, são de origem natural ou naturais;

- O total dos ingredientes vegetais, pelo menos, 95% (selo BIO) ou, pelo menos, 50% (selo ECO) são provenientes da agricultura biológica;

- Sem corantes, pigmentos e perfumes sintéticos;

- Sem óleos minerais derivados de petroquímicos ou de silicone;

- Não há processos ambientalmente perigosos, tais como irradiação ou etoxilação;

-  Sem matérias-primas geneticamente modificadas;

- Sem matérias-primas de origem animal, com excepção do leite e dos produtos das abelhas;

- Não há testes em animais;

- Controle de rastreabilidade da matéria-prima ao produto acabado.




Algumas de vocês já devem saber que, na lista de ingredientes que constam na embalagem, os primeiros são os ingredientes principais. Convém que logo esses sejam substâncias ativas e o mais benéficas possíveis e com aplicações associadas ao efeito pretendido do produto, por exemplo, as algas fazem sentido estarem presentes em produtos que vão ter um efeito desintoxicante da pele, tonificante, anti-envelhecimento.




As certificadoras são várias, apesar de se estar a caminhar no futuro para que se agreguem todas numa só. Alguns exemplos: Ecocert, USDA, Soil Association, etc.



É possível usarmos apenas e só cosmética biológica?

Eu diria 100% que sim! Hoje em dia existem pastas de dentes, 
champôs, amaciadores, maquilhagem profissional (NVey Eco, por exemplo), geles de banho, produtos de higiene masculina, gel de cabelo, laca, produtos para bebé, enfim, um mundo de alternativas.




Se mudarmos apenas um dos produtos que usamos todos os dias por um que seja certificado, já estamos a dar uma contribuição. Sem radicalismos nem gastos excessivos (até porque os preços dos produtos são aceitáveis), podemos mudar a nossa saúde no futuro e a saúde do planeta, que é, "apenas", a nossa casa e a das gerações futuras :).


artigo publicado em simultâneo no site www.joanaamoedomakeup.com

sábado, 19 de outubro de 2013

Receita III - Bolo de leite de aveia e chocolate!

Olá! Hoje passei a tarde em casa com a minha filhota, que me pede todos os fins-de-semana para fazer um bolo, coisa que nem sempre me é possível. Raramente sigo uma receita, em termos das medições e ingredientes, e várias vezes os bolos me saem pouco ou demasiado cozidos.

Desta vez fiz tudo na misturadora (eu e a misturadora...:) ). Usei leite de aveia Auchan (1 caneca), que é dos melhores e mais baratos que já provei, creme vegetal (1 colher de sopa), açúcar de côco (6 colheres de café), farinha com fermento (1 caneca e meia), sumo de 1 laranja, 4 ovos biológicos.

Coloquei tudo na misturadora menos as claras dos ovos, que bati em castelo separadamente. Antigamente colocava sempre um fio de sal para ficarem mais durinhas, mas agora deixei-me disso. O sal não faz bem a nada.

Pus o forno muito fraquinho, o menos possível aliás o bolo cozeu sempre a menos de 100 graus. A meio da cozedura coloquei 5 quadrados de chocolate preto um pouco dentro da massa do bolo e ficaram derretidos, claro :).

O resultado é este...





...e 1 hora depois já não havia nem uma migalha!
:)
Ah e já agora, sobre o açúcar de côco (a gemada com este açúcar fica uma delícia!!), vejam aqui neste link alguns dos benefícios do mesmo!

domingo, 13 de outubro de 2013

Receita II: almoço colorido :)


Confesso que esta receita não é nova, mas não quis deixar de a partilhar convosco :). Inventei-a num daqueles dias em que me apetecia encher a mesa e não "meter" tudo numa taça. Gosto daquele ritual de ir servindo a comida aos poucos e então fiz várias coisas em separado que nem sabia bem se iriam combinar! 

Aqui vai:

O arroz é integral e biológico, comprado na Miosótis. Podem comprar arroz deste no Continente, na área Viva, mas também no Jumbo, que, diga-se de passagem, tem uma zona de produtos dietéticos brutal!
Normalmente preparo um refogado com azeite bio, sal marinho, alho em pó, e nunca uso cebola (é super-indigesta). Quanto muito uso alho francês, ou pimento ou cebola roxa.
Depois de estar alourado coloco o arroz e deixo fritar, mexendo sempre. Depois toca a colocar o dobro da água (2 chávenas de água para 1 de arroz por exemplo) e deixar cozer em lume médio durante uns 25 minutos, destapado e sem mexer. Assim fica sempre soltinho.




Aos espargos (sim, eu sei que são caros, mas de vez em quando não resisto são dos meus alimentos favoritos, não há hipótese) passo-os na frigideira (corto aquela parte de baixo antes, claro) com azeite e sal durante uns 10 minutos. Se forem muito duros coloco um pouco de água na frigideira e eles amolecem.


Os feijões brancos foram refogados num molho de tomate feito por mim, com tomate moído, manjericão, pimenta e sal marinho.

Os ovos são de galinhas criadas ao ar livre e foram mexidos em azeite bio e sal.



A rúcula é embalada e muito fresca, e os morangos da sobremesa também.


Acreditem, é um deleite misturar isto tudo no prato! Experimentem :).









quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Receita I: Almoço vegetariano no trabalho!

Hoje deixo-vos uma receita feita por mim ontem. Tento sempre trazer almoço para o trabalho porque gosto de saber o que estou a comer e prefiro almoçar/jantar fora nos dias de folga e fim-de-semana. Para mim as refeições são não apenas uma necessidade mas um ato de saúde e de higiene e gosto de, tanto quanto possível, usar ingredientes biológicos em tudo aquilo que confecciono.




Esta receita surgiu como muitas outras porque tenho uma coisa maravilhosa e banal em casa que se chama misturadora :).

Espero que gostem!

Usei pimentos vermelhos, espinafres e manjericão biológicos da Quinta do Arneiro, comprados no Celeiro (são mais pequenos mas têm mais sabor por isso uso menos quantidade), queijo tofu, feijão vermelho, azeite biológico, pão de centeio fatiado.
A única coisa que refoguei foi o tofu aos cubos com os espinafres, com alho em pó e sal marinho.

Colocam-se umas 3 tirinhas pequenas de pimento, uma mão cheia de feijão vermelho cozido, 3 fios de azeite, uma folha pequena de manjericão, o tofu e os espinafres e é só picar na misturadora. Podem acrescentar um bocadinho (pouco) de spirulina em pó, que é rica em proteína e ajuda a mantermo-nos sem fome durante mais tempo!

Podem usar os ingredientes que quiserem, em vez de pimentos podem usar tomate, em vez de tofu podem colocar abacate, por exemplo. Usem a imaginação!

Fica um paté maravilhoso...barra-se no pão de centeio (o que eu comprei é daquele bem largo e as fatias são enormes), guarda-se no frigorífico e no dia seguinte está óptimo para levar!



quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ENTREVISTA DA SEMANA - JOÃO BELES SOBRE NATUROPATIA

A Bio Coaching teve o prazer de falar com o Dr. João Beles, naturopata, professor no Instituto de Medicina Tradicional e autor do livro "Naturopatia: A Natureza Cura a Natureza." Ficamos a saber que os brócolos são um super-alimento, que a naturopatia é de facto uma medicina ecológica e também o que comer no dia-a-dia para vivermos melhor!



Bio Coaching - Como descreveria a naturopatia?

João Beles – A naturopatia é uma terapia que está inserida nas medicinas naturais ou complementares, reconhecidas pela OMS como terapias complementares e/ou alternativas. É uma área já bastante desenvolvida e reconhecida, entre outras coisas, por ser recomendada pela OMS. Dentro dessas medicinas complementares a naturopatia tem uma identidade própria, tem uma forma de actuação específica. Distingue-se das outras medicinas alternativas porque usa plantas medicinais, utiliza vitaminas, minerais e outros suplementos alimentares como principais armas terapêuticas para tratar as patologias.

BC - Diria que a Naturopatia é mais preventiva do que a medicina convencional?

JB – Sim, porque é menos “medicina de urgência”. Mas há patologias que estão entre a medicina de urgência e a medicina preventiva, como são exemplo a asma crónica, a dor reumática, para as quais a naturopatia tem respostas tão ou mais eficazes do que a medicina convencional, sem causar os efeitos secundários que se conhecem dos medicamentos.

BC - Em termos de impacto ambiental, comparando com a medicina convencional associada à indústria farmacêutica, quais são as vantagens da Naturopatia?

JB – Sendo que a grande base para a fabricação dos medicamentos é a indústria petroquímica, uma indústria extremamente poluente que causa no planeta o impacto negativo que todos sabemos, a Naturopatia tem a enorme vantagem de utilizar plantas medicinais, cada vez mais cultivadas de forma biológica; é também uma medicina que promove a manutenção de várias espécies de plantas medicinais que poderiam até vir a extinguir-se se não continuassem a ser plantadas para fins medicinais. Não existem empresas que colham as plantas no seu habitat natural, havendo assim uma preservação desse habitat; há uma preocupação em que haja campos específicos para esses cultivos e em tornar esses cultivos cada vez mais variados. A quantidade de plantas medicinais que temos ao nosso dispor é hoje em dia cada vez maior do que há uns anos atrás porque também há cada vez mais pessoas a cultivá-las. 



BC - Uma frase atribuída a Hipócrates e recorrente em todas as pesquisas que fizemos sobre Naturopatia foi “Faça do seu alimento o seu medicamento”. 
Existe algum alimento que, como naturopata, desaconselhe totalmente?

JB – Em relação aos alimentos, há uma questão muito importante: o naturopata prescreve alimentos não como um nutricionista (que o faz através de um plano alimentar que visa por exemplo reduzir o consumo de calorias) mas tendo em conta que existem muitos alimentos com acção terapêutica comprovada cientificamente. Por exemplo os brócolos, têm um componente, que é o 3 indol carbinol, que se sabe através de variados estudos clínicos ter um papel fundamental na prevenção de vários tipos de cancro; então o naturopata pode por exemplo dizer a um paciente que tenha na família casos de cancro desse tipo, ou que esteja a fazer quimioterapia para combater esse tipo de cancro (da mama, próstata ou pâncreas, por exemplo), para comer muitos brócolos, porque os brócolos têm um efeito terapêutico. Isto nada tem a ver com aquele conceito de “dietas”, em vez disso é como se estivéssemos efectivamente a prescrever os brócolos. E vamos também tentar eliminar do consumo alimentos que sabemos que podem causar certo tipo de doenças.

BC - E esse aconselhamento vai variando de paciente para paciente ou existe uma linha comum, ou alimentos que ninguém deva consumir?

JB – Vai variando de pessoa para pessoa, mas, por exemplo, a um asmático eu diria para reduzir ou deixar de consumir laticínios, porque sabemos que a lactose pode provocar reacções alérgicas, principalmente em pessoas já com propensão para as mesmas. 

BC - Agora em relação aos seus pacientes, que percentagem deles diria que têm consciência da verdadeira origem dos seus problemas de saúde?

JB – O paciente que procura a naturopatia é um paciente que já vem informado, já pesquisou e já leu bastante sobre o assunto e que já recorre a esta terapia há alguns anos. Tenho pacientes que já recorreriam ao Dr. Indiveri Colucci, um naturopata reconhecido e com dezenas de anos de prática, já falecido. Há já uma História muito boa na Naturopatia em Portugal, felizmente... Outros pacientes já leram mais recentemente algum artigo sobre o tema, ou estão informados sobre o reconhecimento legal (em 2003 já tinha havido, mas mais recentemente houve a confirmação) do Estado Português e neste sentido tem havido pessoas que aparecem nas consultas pela primeira vez mas também já com um conhecimento médio-alto  do conceito da naturopatia.



BC - Para terminar gostariamos de saber quais são os rituais diários que aconselha para uma manutenção correcta da saúde individual.

JB – Recomendo que ao pequeno-almoço comam cereais integrais, principalmente de aveia, muesli de aveia, frutos vermelhos, frutos secos, iogurte de soja, leite de soja, aveia ou arroz, já constituem por si só uma primeira refeição do dia super-saudável. Nada que seja de origem animal. Ao almoço aconselho a variarem ao máximo a alimentação; aos que quiserem deixar de comer carne, podem fazê-lo, é saudável; a quem quiser comer carne eu aconselho a fazerem-no 1 vez por semana, sendo que os estudos que mostraram que a carne é prejudicial foram feitos em pessoas que comem em média 140 g de carne por dia...nesse sentido não há estudos que me digam que comer carne 1 vez por semana não é saudável. Com os meus pacientes também não sou extremista, se quiserem deixar de comer carne, melhor, porque ela não nos traz saúde. Em relação ao peixe deixo ao critério de cada um, porque contém vários ácidos gordos que podem ser benéficos principalmente no peixe cru, no sushi que tanta gente come, uma vez que nestes casos o calor não vai degradar os ácidos gordos e acaba por ser mais saudável do que o peixe que consumimos cozinhado. Ao lanche aconselho pão integral ou de centeio, compota de frutos vermelhos sem açúcar (os frutos vermelhos são neste momento imbatíveis a nível anti-oxidante). O jantar aconselho que seja sempre leve, pode ser uma sopa, para quem se aguenta bem sem fome o resto da noite, ou uma salada. É bom consumirmos de vez em quando algas, que são riquíssimas em proteínas e ajudam a ficarmos sem fome toda a noite. Desta forma acredito que podemos ser saudáveis durante muitos e bons anos!


Para consultas de Naturopatia com João Beles os contactos são:
Lisboa - 213161851
Faro - 289889560


contactos Bio Coaching para parcerias, sugestões e dúvidas: biocoaching.portugal@gmail.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

ARROZ INTEGRAL



Sabias que o arroz branco só o é porque é descascado, artificialmente tratado com parafina e glicose e submetido a muitos outros processos para que fique com aquele aspecto que conhecemos? Introduz na tua alimentação o arroz integral! Só precisas de o deixar cozer um pouco mais do que o arroz branco e variar na forma como o temperas: fazer refogados com limão, azeite biológico e pimento vermelho, por exemplo, para lhe dar um sabor melhor ainda. 


Mas afinal...o que faz o arroz branco ficar...branco? Fomos pesquisar e descobrimos que o talco, além de outros processos que já referimos acima, é também frequentemente acrescentado ao arroz branco para que fique mais solto. Em contrapartida o arroz integral não passa por nenhum destes processos, é mais natural, não tem glúten e faz-nos sentir saciados por mais tempo; é de mais fácil digestão porque contém fibra, combatendo as disfunções digestivas e ainda ajuda ao bom funcionamento dos intestinos, prevenindo o cancro do cólon, eliminando a prisão de ventre. Devido ao farelo, é rico em vitaminas B1, B2, B6, B12 e em minerais. 
Experimente!


SEMANA VEGETARIANA


VegetarianWeek está a chegar! De 1 a 7 de outubro vão acontecer inúmeras iniciativas por todo o mundo dedicadas à promoção de um estilo de vida saudável, ecológico e sustentável!
Destaco algumas, por cá:
* 30% desconto no restaurante Os Tibetanos, em Lisboa;
A Cozinha Verde, em Lisboa, vai ter muitos descontos e vouchers;
* O Centro Tinkuy, em Sintra, vai ter um "Programa Vida Saudável" com uma caminhada ao pôr de sol "À Descoberta dos sentidos", seguida de jantar;
* O Centro Vegetariano, que organiza a iniciativa em Portugal, vai estar com descontos em livros e ofertas para quem se torne sócio.
Todas as iniciativas aqui: 
http://www.semanavegetariana.com/